Por João Pedro Lima
O Dia da Internet Segura é celebrado anualmente em fevereiro — em 2024, a data escolhida foram os dias 6 e 7. A data foi criada pelo projeto EU SafeBorders, da União Europeia, em 2004 visando promover a utilização segura da internet por todas as pessoas, conscientizando sobre como utilizar da melhor forma e lembrando dos perigos que existem no mundo online. A iniciativa também faz campanha por uma rede sem crimes virtuais ou discursos de ódio e intolerância. Aproveitando a celebração, o TechTudo selecionou 6 dicas para garantir um uso mais seguro de apps, como controle de permissões, autenticação em dois fatores e uso de redes seguras para navegar na internet. Confira a lista a seguir.
Versões não oficiais de aplicativo populares são bem comuns na internet. No geral, as plataformas prometem recursos extras e exclusivos. Acontece que, geralmente, as versões não licenciadas possuem vírus e outros malwares, que podem danificar o aparelho, roubar dados ou até mesmo fazer o usuário ser banido do aplicativo original.
Um exemplo de política de banimento é visto no WhatsApp, que em suas diretrizes informa a possibilidade de banir a conta de quem acessa aplicativos piratas, uma prática contrária aos Termos de Serviço do app. Utilizar a plataforma oficial garante ao usuário todos os níveis de segurança do desenvolvedor, tornando a navegação mais segura. Na dúvida, baixe sempre aplicativos de lojas oficiais, como as do Android e iPhone (iOS), que possuem selo de verificação de segurança.
Manter a autenticação em dois fatores ativadas em todos os apps que dispõe do mecanismo, principalmente as redes sociais, dificulta muito uma possível tentativa de invasão. Todo mundo conhece alguém que já teve a conta do Instagram hackeada, não é mesmo? Com a verificação por duas etapas o invasor precisaria ter acesso direto ao smartphone, além de ter que passar por duas barreiras de segurança.
A autentificação de dois fatores insere uma segunda verificação de identidade do usuário no momento do login, evitando o acesso às contas mesmo quando a senha é vazada. Ela pode ser um código de SMS, PIN, uma segunda senha, respostas a perguntas secretas, dispositivos físicos — como cartão de crédito ou drives USB de token — ou mesmo dados de biometria, como a digital ou leitor da íris. No geral, SMS deve ser evitado. Há risco de clonagem ou roubo de chips, e golpistas podem acessar as mensagens do aparelho com os códigos para fazer login.
Alguns aplicativos podem pedir acesso a diversos dados que não são estritamente necessários para o funcionamento das plataformas. Para usar uma internet segura nos aplicativos, é importante ficar de olho nas liberações concedidas e para que exatamente elas foram solicitadas. Para ver quais permissões os aplicativos estão utilizando, basta ir nas configurações do aparelho, encontrando a opção de “Aplicativos” e “Gerenciar permissões”. O passo a passo pode mudar conforme o sistema de cada aparelho.
O ideal é permitir o uso de localização apenas durante o uso de aplicativo. Além disso, caso a plataforma não precise da câmera para funcionar, melhor desativar essa função. O mesmo vale para o acesso a contatos e áudio do telefone.
Redes Wi-Fi públicas são muito úteis para poupar dados móveis ou para garantir comunicação em um local com sinal fraco de 4G ou 5G. Contudo, esse tipo de conexão pode gerar riscos significativos aos usuários conectados, como interceptação de informações. É possível utilizar essas redes para coisas simples, como enviar uma mensagem ou postar uma foto, mas o ideal evitar acessar aplicativos que solicitam senhas, como bancos digitais, fazer compras em lojas online e consultar documentos importantes.
Desenvolvedores de aplicativos mais populares, como WhatsApp e Instagram, estão sempre atualizando as proteções das plataformas para evitar invasões. Por isso, atualizar constantemente os apps para a versão mais recente é uma forma de se manter sempre em dia com a segurança. É possível garantir essa mudança sem esforço ativando a atualização automática nas configurações da Apple Store ou na Google Play Store. Assim, o usuário recebe a nova versão sempre que ela estiver disponível.
Uma dica valiosa que poucas pessoas seguem é a de manter um e-mail separado para recuperação de contas. A ideia é que os cadastros e demais informações nos aplicativos estejam vinculados a um e-mail de recuperação fora do smartphone. Além de dificultar o acesso a dados pessoais, a dica é muito útil em caso de perda ou roubo do aparelho. Apenas o dono da conta conseguirá mudar senhas e recuperar todos os logins acessando o endereço eletrônico em outro dispositivo.
Com informações de WhatsApp, MakeUseOf (1, 2), Norton.
via techtudo.com.br/
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